Em 1947, aos 27 anos  – e morando no Brasil há apenas 13 anos, onde aportou em 1934, em fuga com a família da ameaça nazista na Europa -, Fagya Ostrower (1920-2001) compõe para o sobrinho Peter o livro ilustrado A notável história do Homem-Listrado que permaneceu por gerações na família, até despontar em uma publicação inédita da Edufrn, em 2020, em celebração ao centenário da artista.

O livrinho é um libelo em que o texto narrativo e os desenhos se irmanam na pena de uma artista que já começava a despontar com colaborações para livros, revistas, jornais, aluna do curso de artes gráficas da Fundação Getúlio Vargas, em 1946, tendo abandonado um emprego dos sonhos na General Eletric para dedicar-se puramente à arte.

Uma artista que nunca deixou de pensar a sua vocação que se realizou numa trajetória notável que se pode acompanhar com gosto em https://faygaostrower.org.br/

É esta artista que aparece no livrinho premiado na 65º edição do Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, categoria ilustração, com o qual acabo de me encantar na versão impressa e que está também disponível no digital, e de forma gratuita, aos olhos do encanto de quem quiser folhear e ler, no endereço: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/53317