Gustavo Sobral escreve sobre as revistas do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, do qual é um dos editores, e a mais recente edição, 102, publicada em abril de 2025

Tudo começou em 2016 com a publicação da edição 95. De lá para cá, chegamos ao número 102, de uma revista publicada desde 1903, portanto, a mais antiga revista em circulação no Rio Grande do Norte, da mais antiga instituição cultural do Rio Grande do Norte em atividade, levando-a à manutenção e aprimoramento do seu novo redesenho.

Joventina Simões, diretora, Gustavo Sobral, editor, assim fomos até uma nova configuração, que, nos chamamos triunvirato, de ser uma proposta por três editores responsáveis: Gustavo Sobral, André Felipe Pignataro e Pedro Simões. Neste caminho, o projeto gráfico foi se aprimorando em diálogo com Ivan Jr., da Offset Gráfica.

Se o projeto editorial propôs um novo formato e, a par das restrições financeiras e de pessoal que temos, nos empenhamos em conquistar alternativas para um desenho mais contemporâneo da edição, lutamos em publicar temas relevantes em pesquisas, em sua maioria independentes, procurando tratar de temas pertinentes ao Rio Grande do Norte, no entanto, também não deixamos de ser um retrato do nosso próprio tempo que o tempo dirá sobre a seleção de autores e temas.

Compor a edição de uma revista é um trabalho hercúleo de equilíbrio, já nos ensinaram editores mais longevos e experimentados daqui e alhures e, em algumas instituições em aceitar, no trabalho corajoso de propor novos temas e vozes, nos lançar ao novo presente, procurando deixar um pouco de lado as ideias de “resgate” e “celebração” e os “vultos”  e abraçar a paixão que um tema de pesquisa desperta, a leitura que um texto bem escrito proporciona, fugindo do mais do mesmo e da compilação do já dito. Difícil, mas não impossível.

Temos bons temas e autores na nossa revista que provam que estamos enquanto instituição na satisfação do propósito que é divulgar, propagar, difundir a cultura e a história do Rio Grande do Norte, seja em textos mais científicos ou seja mais ensaísticos – é preciso deixar de cobrar ao Instituto aquilo que ele não é, não é uma instituição científica, não é um centro de pesquisa universitária, é uma instituição livre com o seu próprio propósito e a revista procura ser aquilo que o Instituto é.

Acompanhe as edições no site da Instituição https://ihgrn.org.br/ e aprecie o novo número.

Gustavo Sobral, editor.