Dona Militana
É com o título de Dona Militana, tradução estética de narrativas da romanceira potiguar estampado no cartaz, que a Edufrn realiza, na Pinacoteca Potiguar, em Natal, numa parceria com diversas outras instituições locais, uma exposição supimpa a partir do livro recém-publicado com título homônimo, obra-prima de Angela Almeida.
A exposição parte do livro e apresenta os desenhos originais, pasmem, inúmeros, da artista, que deram vida ao livro e à sua interpretação visual das histórias cantadas pela romanceira. Angela Almeida mergulha nesta tradição popular de contos antigos que como nos ensinou Cascudo tem berço na cultura medieval ibérica.
É uma beleza de ver, o trabalho em traço e também em cor de Angela Almeida em diversos materiais agora em diálogo com instalações de Rafael Campos e Marcos Paulo Pereira que também assinam o projeto expográfico. Tudo isso unido à série de desenhos de Carlos Sérgio, à cerâmica de José Santana, aos cestos de Zé da Palha e Benedita, filha de Militana, e às fotografias de Militana por Wagner Varela.
A exposição aparece no centenário de nascimento da romanceira, como escreve Angela Almeida, “celebramos a imortalidade das histórias que ela preservou, convidando todos a ouvir, por meio da sua voz, o eco da cultura potiguar ressoando em nossos tempos”.
Ao que cabe complementar que Angela Almeida, como um ressoar deste eco, que vem de antes de Militana, se entrona e passa por ela, olhou para os romanceiros e para a romanceira por um novo olhar, o contemporâneo, e fez ecoar na pluralidade dos outros ecos criativos presentes na exposição.
Para saber sobre o livro, leia Dona Militana de Angela Almeida por Gustavo Sobral
Imagens em destaque: (1) cartaz da exposição; (2) obra de Angela Almeida; (3) instalação de Rafael Campos e Paulo Pereira; (4) Carlos Gurgel; (5) fotografia de Militana por Wagner Varela.
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