Vistas do mar
O surfista no mar vê a vida sobre a prancha. Vê a praia e escreve uma pequena ode às manhãs vistas do mar
O sol começa a manhã na praia, seja qual for o mar. O vento forma as ondas que nascem, se elevam e seguem para se dissipar na espuma. O movimento das mãos puxa a rede de pesca, e os braços de nadadores matinais cortam a água. Os surfistas crescem das pranchas, vigiam as ondas e modelam o mar. Peixes saltam ali, acolá, golfinhos mergulham, sombreiros coloridos na areia, passantes, a preguiça do gato na calçada e pássaros da manhã. Ao longe, o verde intenso da mata imóvel cerca o Morro do Careca. Puro cenário. Um casal de banhistas, a turista que posa para foto, o cachorro que leva o dono, o atleta que corre, carros a estacionar. Lá, o alto, onde mora a vila, casas, edifícios, buzinas e os ônibus circulam, bicicletas passam e as pessoas descem em busca do mar. Ponta Negra vista da prancha são as voltas da vida, os dias que passam, as manhãs na praia com começo de sol. Ponta Negra vista da prancha são as manhãs que nascem para o surfista no mar. Pós-escrito: Novas nuances se apresentam com a chegada do inverno. Um mar verde, chuva fina, arco-íris, a lua que esquece a noite e permanece. Um sol nascente alaranjado. Outro dia, um grupo de pássaros atravessou o mar em bando. Foi lindo. Os golfinhos continuam motivo de festa no mar. E os peixinhos saltam, mas saltam. Cada dia é um mar, cada mar é um dia. O surf permanece a flutuar na prancha.