BH

O cronista passa por Belo Horizonte, BH, atravessa a cidade, come pão de queijo e escreve sobre o que viu e o que há

A Serra do Curral a abraça. É o seu mar. Cidade de Minas, chão de ferro, muito verde e muitos parques. Seu nome é paisagem, cidade horizonte, Belo Horizonte, Minas Gerais.

Descidas e subidas fazem dela reta de curvas. Planejada cidade horizontal, cercada por morros com casas penduradas, edifícios e avenidas que traçam os caminhos da cidade.

A Afonso Pena leva a todo lugar. Passa Centro, Boa Viagem, Funcionários, Savassi, Serra, Cruzeiro, a biblioteca na praça da Liberdade, praça da Estação e o edifício da estrada de Ferro Central do Brasil. Sem fumaça, sem trem, museu das artes e ofícios.  Ali, o Monumento à terra mineira, heróis da Inconfidência, e o relógio da estação.

No mercado central, cheiro e cores se encontram. Cachaças de Salinas, Norte de Minas, queijos da Serra da Canastra, doces, tudo mais. As mais bonitas esquinas são corredores do mercado na sua variedade. Outro espanto são mais de 400 botecos que existem em BH.

Cerveja e torresmo de barriga no Boteco da Loura, cachacinha com um naco de queijo, doce de leite com queijo, o queijo. Ensina o mineiro:  queijo suave pra começar o dia; leve pra jogar conversa fora; quando o trem fica sério é com os intensos; e quando é marcante, NO’SINHORA!  E tem ainda o pão de queijo.

Aqui tudo começa e termina com pão de queijo. Redondinho, simpático, casca dourada mais pra crocante e miolo mole, macio. Sabor de queijo, do bom queijo mineiro da Canastra. Feito de polvilho e os melhores acrescenta batata baroa, explica-se.

Uma volta na Pampulha, não subestime os 18 km de contornos, gente na caminhada, gente na corrida, gente de bicicleta, gente a passeio. O fim do dia é colorido. A tarde cai em tons violáceos para depois pintar-se de um alaranjado infinito. É bonito.

Estamos em julho de 2025, a temperatura está amena, é como o mineiro. Os dias vão, hora de ir. O sol da manhã doura a paisagem a perder de vista no nevoeiro polvilhando o mar de serras. Um gole de café, uma vontade de ficar, é praticamente impossível deixar BH.

gustasobral.com.br

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Gustavo Sobral

Sobre o autor: Gustavo Sobral

Gustavo Sobral é jornalista e escritor, tudo que escreve, rabisca e publica está disponível no seu site pessoal gustavosobral.com.br